Palmas, TO – Moradores da Zona Sul de Palmas e de outras regiões da capital estão enfrentando sérios problemas com o sistema de transporte coletivo. Denúncias recebidas pela redação do Jornal Palmas Sul na manhã de hoje (04) apontam para o sumiço de créditos dos cartões “Sou” e a dificuldade na utilização do serviço, gerando transtornos e prejuízos aos trabalhadores.
Segundo relatos colhidos diretamente na Agência de Transporte Coletivo de Palmas, usuários que realizaram recargas, inclusive via empresas, estão com os créditos “sumidos” ou com prazos de até três dias para que o valor seja compensado no cartão. “Colocou na segunda-feira, e eles disseram que é um prazo de três dias pra cair o meu caso, né?”, desabafou uma usuária, que preferiu não se identificar. Ela relata que a situação a impediu de ir trabalhar hoje. “Como é que eu vou fazer? Porque aí agora o dinheiro que eu tinha, que inclusive a patroa me forneceu ontem, cedeu assim, né, pra descontar na próxima recarda. Me deu pra mim ir embora ontem porque eu não tinha e o outro pra chegar até aqui”, lamentou.

Outro problema frequente é a separação de saldos no mesmo cartão. Um usuário relatou possuir R$ 470,00 de saldo antigo, mas o crédito mais recente, colocado pela empresa, não aparece para uso. “A senhora tem que usar primeiro os 470 pra depois usar o que a empresa”, explicou a atendente da ATCP. “Mas aí quando passa lá a carteirinha no ônibus… Só mostra esse. Só mostra esse que você tem. R $ 470, outro não”, reclamou. Essa situação tem causado revolta e bate-boca na agência, com pessoas perdendo o dia de serviço devido à ineficiência do sistema. “De manhã a mulher queria bater boca devido a situação, porque todo mundo até estressado, todo mundo faltou serviço”, relatou.
Ainda de acordo com os passageiros, o atendimento na agência é lento, com longas filas e espera que ultrapassa horas. A burocracia também é um fator de irritação: para algumas empresas, a recarga agora exige a emissão de boleto e um prazo de compensação, diferente do modelo anterior que permitia transferências diretas.
A integração entre as linhas também parece não funcionar adequadamente. Usuários relatam que, mesmo com o cartão, muitas vezes são obrigados a pagar uma segunda passagem ao tentar fazer a baldeação. “E na hora eu quero entrar, eu posso entrar, mas não entendo. Aí paga de novo, outra passagem. Eu mesmo não pago não, se não der eu entrar eu faço descer”, disse um morador.
O Jornal Palmas Sul está acompanhando de perto a situação e busca um posicionamento da Agência de Transporte Coletivo de Palmas sobre os problemas relatados pelos usuários. A comunidade da Zona Sul e de Taquaralto, que depende diariamente do transporte público, espera por soluções rápidas e eficazes para que o direito de ir e vir não seja prejudicado.
