
Um dos crimes mais chocantes registrados em Palmas durante o auge da pandemia de Covid-19 acaba de ganhar um novo e decisivo capítulo. A juíza Cirlene Maria de Almeida, da 1ª Vara Criminal da capital, determinou que Ícaro Santana da Silva, acusado de assassinar brutalmente o tatuador Flávio de Souza Silva, irá a Júri Popular.
O crime, que abalou moradores de todas as regiões da cidade, incluindo a Zona Sul, volta aos holofotes com a decisão que coloca o réu no banco dos réus para ser julgado pela sociedade.
Segundo a denúncia do Ministério Público, a motivação para o crime teria sido assustadoramente banal: uma dívida de apenas R$ 500,00 referente a uma tatuagem. A investigação apontou que Ícaro teria asfixiado Flávio até a morte, utilizando-se de um golpe conhecido como “mata-leão”.
A Justiça acatou a denúncia de homicídio duplamente qualificado. As qualificadoras apontam para o meio cruel (asfixia) e o uso de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima, pegando-a de surpresa.
A decisão de pronúncia, que submete o caso ao Tribunal do Júri, representa um passo fundamental no processo. No entanto, foi concedido a Ícaro o direito de recorrer da decisão em liberdade.
A comunidade de Palmas, que na época se comoveu com a perda do talentoso tatuador, agora aguarda ansiosamente pelo desfecho do julgamento, esperando que a justiça seja feita. A data do júri ainda não foi marcada.