Uma investigação da Polícia Civil do Tocantins revelou detalhes assustadores sobre o assassinato dos pastores Francilene de Sousa Reis e Silva, de 42 anos, and Dorvalino das Dores da Silva, de 63. O casal, que liderava uma igreja Assembleia de Deus Madureira, foi executado a tiros dentro de sua própria casa no município de Pium. O que parecia um mistério se transformou em uma trama de vingança familiar com uma reviravolta digna de roteiro de cinema.
A principal suspeita de ser a mandante do crime é a ex-nora do casal, uma mulher de 48 anos que não aceitava o fim do relacionamento com o filho das vítimas. Segundo as investigações, movida pelo desejo de vingança, ela teria planejado meticulosamente a morte dos ex-sogros, a quem culpava pela separação.
Para executar seu plano, ela contou com a ajuda de seu novo companheiro. A investigação aponta que o casal viajou mais de 2.000 quilômetros, de Santa Catarina ao Tocantins, para estudar o local do crime. Em uma demonstração de frieza, a ex-nora teria levado o executor pessoalmente até o assentamento onde os pastores viviam.
Após o reconhecimento da área, ela retornou ao Sul do país, deixando para o comparsa a tarefa da execução. O crime chocou a comunidade local em 17 de junho, quando os corpos foram encontrados com marcas de tiros na cabeça. Testemunhas relataram ter visto um homem fugindo em uma motocicleta logo após os disparos.
A ousadia da mandante não parou por aí. Investigações revelaram que, em ameaças anteriores ao ex-marido, ela chegou a se passar por uma policial, afirmando que “acabaria com a vida das pessoas que ele mais amava”.

A ex-nora foi presa em Joinville (SC) e, posteriormente, o executor também foi capturado na mesma cidade, após intensas investigações da Delegacia de Homicídios. O caso, que abalou o estado, agora segue para as próximas etapas judiciais, enquanto a comunidade tenta entender a brutalidade por trás do crime.