O coração do Jalapão pulsa mais forte. Começa nesta sexta-feira, 12 de setembro, e vai até domingo, 14, a tradicional e aguardada Festa da Colheita do Capim Dourado, no Quilombo Mumbuca, berço da biojoia que conquistou o Brasil e o mundo. Mas este não é um evento qualquer. É a celebração da força ancestral, da resiliência de mulheres que transformam as hastes douradas do cerrado em sustento, arte e um símbolo da cultura tocantinense.
Para quem está em Palmas, especialmente na Zona Sul, e vê as peças de capim dourado brilhando nas lojas e feiras, a festa é a oportunidade de mergulhar na origem dessa tradição. O evento marca o início do período de manejo sustentável do capim, garantindo que o “ouro do Jalapão” continue a brotar e a gerar renda para dezenas de famílias. A programação é um espetáculo à parte, misturando fé, cultura e negócios.
O que esperar da Festa da Colheita?
A comunidade Mumbuca se transforma em um palco vibrante. A programação inclui desde a emocionante “Cavalgada Dourada” e a colheita demonstrativa – um ritual que conecta as artesãs à terra –, até a aguardada escolha da “Garota Capim Dourado”. O som da viola de buriti, tocada por mestres locais, embala as noites, que também contam com fogueiras, cantorias e shows.
Mais do que uma festa, o evento é um centro de debates sobre o futuro do Jalapão. Rodas de conversa sobre turismo sustentável, preservação ambiental e o fortalecimento do empreendedorismo feminino estão na pauta, reunindo líderes comunitários, órgãos como o Sebrae e o Governo do Estado. É a prova de que a tradição pode e deve andar de mãos dadas com a inovação.
A Festa da Colheita do Capim Dourado é um recado poderoso enviado do coração do Tocantins: a cultura local está viva, pulsante e é a maior riqueza do nosso estado. É a celebração de um ciclo que começa na terra, passa pelas mãos talentosas das mulheres do Mumbuca e termina encantando o mundo, peça por peça.
