Prestes a virar lei, projeto relatado pela senadora Dorinha (União/TO) cria um pacote de benefícios, com crédito facilitado e preferência em compras governamentais, para jovens de 15 a 29 anos. A medida é uma aposta para frear a migração para a cidade e fortalecer a agricultura familiar local.
Uma verdadeira revolução para a juventude do campo está a um passo de se tornar realidade e pode impactar diretamente as famílias produtoras da Zona Sul de Palmas. O Senado Federal aprovou no último dia 1º de julho o Projeto de Lei 2.674/2025, que cria a Política Nacional de Juventude e Sucessão Rural. Relatado pela senadora do Tocantins, Professora Dorinha (União), o texto agora aguarda apenas a sanção do Presidente da República.
A proposta ataca de frente um dos maiores desafios da agricultura familiar: o êxodo rural, a fuga dos jovens para os centros urbanos em busca de oportunidades. O projeto mira em um público específico: jovens com idade entre 15 e 29 anos, que são parte essencial da agricultura familiar.
Mas, na prática, o que isso muda para o jovem produtor de hortaliças no cinturão verde de Taquaralto ou para as famílias que vivem da terra nos projetos de assentamento da região? A lei cria um pacote de incentivos que funciona como uma “Bolsa Juventude Rural”, oferecendo as ferramentas para que eles possam prosperar.
Os Pilares da Mudança:
- Crédito na Mão: A nova política prevê a criação de linhas de crédito rural com condições especiais, juros mais baixos e prazos amigáveis para os jovens agricultores. O objetivo é facilitar investimentos em tecnologia, insumos e na modernização da produção.
- Venda Garantida: O projeto altera o famoso Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), determinando que os governos deem preferência à compra de produtos vindos de mulheres e jovens da agricultura familiar. Isso significa mais segurança e um mercado certo para a produção local.
- Educação e Cultura: A iniciativa também visa incentivar atividades econômicas ligadas ao turismo rural e à cultura local, além de promover programas de formação e profissionalização para os jovens no campo.
Para a senadora Dorinha, a lógica é simples e poderosa. “Quando o jovem encontra oportunidade de produzir, estudar e prosperar onde nasceu, ele permanece. Essa política é um passo importante para assegurar não apenas a sucessão nas propriedades rurais, mas também para garantir dignidade e cidadania no campo”, defendeu a parlamentar.
Para a Zona Sul de Palmas, que possui uma forte veia na agricultura familiar, com diversas hortas comunitárias e produtores que abastecem a cidade, a notícia é um sopro de esperança. A nova lei pode ser o elo que faltava para conectar a juventude local às suas raízes, transformando a produção agrícola em uma carreira viável, lucrativa e, acima de tudo, um motivo de orgulho.