A manhã desta sexta-feira (3) se transformou em um cenário apocalíptico para os moradores da Zona Sul de Palmas. Uma fumaça espessa e com forte odor de queimado desceu sobre a cidade, cobrindo bairros como Taquaralto, Jardins Aureny I, II, III e IV, e Taquari, além de atingir em cheio o distrito de Luzimangues. O fenômeno, resultado de focos de incêndio que consomem a vegetação nas serras próximas, reduziu drasticamente a visibilidade e lançou um alerta de saúde pública na capital.
Relatos que chegam à redação do Palmas Sul são de enorme apreensão. Moradores, principalmente idosos e crianças, enfrentam dificuldades severas para respirar. “É um desespero, parece que estamos respirando veneno. Minha filha não para de tossir desde cedo”, relatou uma moradora da quadra ARSE 132 (1306 Sul) via rede social.
A situação na ponte Fernando Henrique Cardoso, que liga Palmas a Luzimangues, foi crítica, com visibilidade quase nula em alguns momentos do dia, conforme vídeos compartilhados por motoristas. O cenário cinzento, combinado com as altas temperaturas e a baixa umidade do ar, agrava a sensação de desconforto e perigo.
Nas redes sociais, a comunidade da Zona Sul expressa sua angústia: “Difícil respirar em Palmas com tanta fumaça”, comentou um internauta, resumindo o sentimento geral. A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros ainda não divulgaram um balanço oficial sobre a origem e a dimensão dos focos de incêndio, mas a orientação é clara: evitar atividades ao ar livre, manter-se hidratado e procurar ajuda médica ao sinal de complicações respiratórias.
O episódio lança, mais uma vez, um alerta sobre a urgência de políticas de prevenção e combate a queimadas mais eficazes no Tocantins, um problema recorrente que coloca em risco tanto o meio ambiente quanto a vida da população.