PALMAS – Um momento de confraternização transformou-se em uma grave fatalidade em Palmas neste fim de semana. Um homem morreu e uma criança de cinco anos ficou ferida após a explosão de uma churrasqueira. O incidente acende um alerta fundamental sobre os perigos de práticas comuns e arriscadas no dia a dia.
Menino recebeu alta
Eduardo Pereira Barros teve 10% do corpo queimado e ficou internado na ala infantil do Hospital Geral de Palmas (HGP). Ele recebeu alta nesta quarta-feira (6). A previsão é que o menino retorne ao médico para passar por uma consulta com o cirurgião plástico no dia 13 de agosto, segundo a família.
A explosão aconteceu durante uma comemoração no dia 24 de julho, no setor Santa Bárbara, em Palmas.
Segundo informações apuradas, o acidente ocorreu quando um líquido inflamável, possivelmente álcool, foi utilizado na tentativa de acender ou avivar o fogo da churrasqueira. A rápida combustão dos gases do líquido gerou uma explosão violenta, que atingiu fatalmente o homem que manuseava o equipamento.
O episódio choca e traz à tona a discussão sobre segurança em atividades de lazer. O Corpo de Bombeiros do Tocantins adverte constantemente sobre os riscos associados ao uso de combustíveis líquidos, como álcool, gasolina ou querosene, em churrasqueiras. A orientação é que a população utilize apenas acendedores seguros, como os em pastilha (álcool sólido) ou os modelos elétricos, que são fabricados especificamente para essa finalidade e evitam o risco de explosões.
Para os moradores da Zona Sul de Palmas, onde reuniões e churrascos em família são parte da cultura local, em bairros como Taquaralto, Jardins Aureny e Taquari, a notícia serve como um lembrete contundente. A prevenção e a escolha de métodos seguros são essenciais para garantir que momentos de lazer não terminem em tragédia.
“As pessoas não têm noção do poder de expansão desses gases”, explica um perito do Corpo de Bombeiros. “Um copo de álcool pode gerar uma nuvem de vapor inflamável de metros. Quando essa nuvem encontra uma única faísca, a ignição é instantânea e a explosão é violenta, projetando fogo e estilhaços para todos os lados”.
A prática de “batizar” o carvão com álcool líquido é um legado perigoso. A equipe do Palmas Sul conversou com churrasqueiros amadores na Zona Sul de Palmas e a falta de conhecimento sobre o risco é alarmante. A maioria acredita que o perigo é apenas o fogo subir pelas mãos, sem entender o conceito da explosão pelo vapor.
1 Acendedores de Álcool Sólido/Pastilhas: São baratos, não explodem e acendem o carvão de forma controlada.
2 Acendedores Elétricos: Um investimento um pouco maior, mas que representa segurança absoluta e dura por anos.
3 Técnica do “Vulcão”: Fazer um monte de carvão com um espaço no meio, colocar um papel toalha embebido em óleo de cozinha e acender. É um método caseiro, mas infinitamente mais seguro que o álcool.
