Palmas, TO – O Ministério Público do Tocantins (MPTO) intensificou as investigações sobre a qualidade da água fornecida à população de Palmas. A apuração, que antes tramitava como um procedimento administrativo, foi convertida em inquérito civil na última terça-feira (20), permitindo o uso de instrumentos investigativos mais robustos para apurar denúncias de alterações no gosto, odor e coloração da água na capital. A medida acende um alerta para todas as regiões da cidade, incluindo a Região Sul e Taquaralto, onde residem milhares de consumidores.
A decisão de aprofundar a investigação, assinada pelo promotor de Justiça Kledson de Moura Lima, da 23ª Promotoria de Justiça da Capital, especializada na defesa do consumidor, responde a um volume crescente de reclamações de moradores que, há tempos, percebem mudanças nas características da água que chega às suas torneiras. O objetivo central do inquérito é identificar as causas dessas alterações e assegurar que o fornecimento pela concessionária BRK Ambiental esteja em total conformidade com os padrões de potabilidade e segurança estabelecidos pela legislação.
Impacto e Preocupação na Região Sul e Taquaralto
Embora as investigações do MPTO abranjam toda a capital, a notícia é de grande relevância para os moradores e comerciantes da Região Sul de Palmas e do Distrito de Taquaralto. Setores populosos como Aureny III, Jardim Taquari, Santa Fé, e o próprio centro de Taquaralto, concentram uma parcela significativa de consumidores que dependem da qualidade da água para consumo, higiene e atividades comerciais.
“Como essa situação afeta o dia a dia de um morador do Aureny IV que depende dessa água para cozinhar? E o pequeno comerciante de Taquaralto que utiliza água em seu estabelecimento, como um restaurante ou salão de beleza, quais os impactos?”, questiona-se, refletindo a preocupação que paira sobre a comunidade local. O Jornal Palmas Sul buscará ouvir residentes e comerciantes da região para entender as particularidades do problema nesses bairros.
A Agência de Regulação, Controle e Fiscalização de Serviços Públicos de Palmas (ARP) também acompanha o caso, sendo o órgão responsável por mediar a relação entre consumidores e a concessionária. Espera-se que, com o inquérito civil, novas informações sobre a extensão do problema e as medidas corretivas a serem adotadas pela BRK Ambiental venham à tona.
O que fazer?
Moradores que notarem alterações na água, como cor, cheiro ou gosto estranhos, devem registrar a ocorrência junto à BRK Ambiental e, se necessário, formalizar denúncia junto à ARP e ao próprio Ministério Público. Guardar amostras, fotos ou vídeos pode auxiliar na comprovação do problema.
O Jornal Palmas Sul continuará acompanhando de perto os desdobramentos desta investigação e trará atualizações relevantes para a comunidade da Região Sul e Taquaralto.
