A guerra silenciosa e brutal travada nos bastidores do crime organizado no Tocantins teve um de seus capítulos mais chocantes encerrado. A Polícia Civil, através da 6ª Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Paraíso, capturou o homem de 26 anos suspeito de ser o executor de um audacioso duplo homicídio que gelou o estado: o fuzilamento de dois reeducandos na porta da Unidade Penal da cidade.
O crime, ocorrido em plena luz do dia, foi uma demonstração de força das facções que atuam dentro e fora dos presídios. As vítimas, que cumpriam pena no regime semiaberto, saíam para trabalhar quando foram surpreendidas e executadas sem chance de defesa. A investigação da 6ª DHPP apontou que a motivação foi um acerto de contas na implacável disputa por território entre grupos criminosos rivais.
Após um meticuloso trabalho de inteligência, os policiais localizaram o suspeito escondido em uma residência no Setor Pouso Alegre, em Paraíso do Tocantins. A captura representa uma vitória importante para as forças de segurança, desarticulando uma peça-chave na engrenagem da violência. O indivíduo foi encaminhado à Unidade Penal de Paraíso, ficando à disposição da Justiça.
O Eco da Violência na Zona Sul de Palmas
Embora o crime tenha ocorrido em Paraíso do Tocantins, a notícia reverbera com força nos bairros da Zona Sul de Palmas, como Taquaralto, Jardins Aureny I, II, III e IV, e Taquari. A “guerra de facções” não conhece fronteiras municipais e a violência sistêmica é uma ameaça que paira sobre todo o estado.
A captura do suspeito serve como um alerta e, ao mesmo tempo, um alívio. Alerta, porque expõe a audácia e a organização desses grupos criminosos. Alívio, por demonstrar uma resposta efetiva da Polícia Civil. Para o morador da ARSO 132 (1306 Sul) ou do Lago Sul, a pergunta que fica é: até que pontoestamos seguros? A prisão em Paraíso é um lembrete de que a batalha pela segurança pública é constante e afeta a vida de todos, exigindo vigilância e um trabalho incessante das autoridades para garantir a paz em nossas ruas.
