O Ministério Público Eleitoral manifestou-se pela cassação do mandato de Jucelino Rodrigues, o “Big Jow”, prefeito de Cristalândia e presidente da ATM. Ele é acusado de abuso de poder econômico nas eleições de 2020 e nega as acusações, classificando-as como “perseguição política”.
Um verdadeiro terremoto agita os alicerces da política tocantinense e seus ecos são sentidos diretamente em Palmas. O Ministério Público Eleitoral (MPE) emitiu um parecer bombástico, defendendo a cassação do mandato do prefeito de Cristalândia, Jucelino Rodrigues, mais conhecido como Big Jow (UNIÃO). A notícia ganha ainda mais peso pelo fato de Big Jow ser o atual presidente da Associação Tocantinense de Municípios (ATM), entidade que representa os interesses de todas as prefeituras do estado.
A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) que coloca o prefeito na mira da Justiça foi movida por seu adversário nas urnas em 2020, Adelson da Rota (MDB). As acusações são graves: suposto abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio, popularmente conhecida como compra de votos.
Segundo a denúncia, Big Jow teria distribuído, de maneira irregular, cestas básicas e viabilizado a doação de um poço artesiano em troca de apoio eleitoral durante a campanha que o elegeu chefe do executivo de Cristalândia.
O parecer do promotor de Justiça Eleitoral da 29ª Zona, João Viana de Castro, acolheu os argumentos e opinou pela cassação do diploma do prefeito e pela sua inelegibilidade por oito anos, uma penalidade severa que pode mudar o rumo de sua carreira política.
A Defesa: “Tranquilidade e Confiança na Justiça”
Em Palmas, onde cumpre agendas como presidente da ATM, e em Cristalândia, a reação de Big Jow foi imediata e contundente. Em nota, o prefeito negou veementemente qualquer irregularidade e atribuiu a ação a uma tentativa de minar seu trabalho. “Estou sendo vítima de uma perseguição política, pois estou trabalhando e mostrando resultado”, afirmou.
Sobre as acusações específicas, a defesa de Big Jow argumenta que o poço artesiano foi uma iniciativa privada de um morador, na qual ele apenas atuou como intermediário para atender a um pedido da comunidade. Quanto às cestas básicas, ele sustenta que se tratou de uma ação social legítima, sem qualquer vínculo eleitoral.
“Estou tranquilo e com o coração em paz, pois sei da minha inocência e confio na Justiça”, concluiu o prefeito.
O futuro político do presidente da ATM está, agora, nas mãos da Justiça Eleitoral. Uma eventual cassação não apenas abalaria a administração de Cristalândia, mas também provocaria um vácuo de poder no comando da Associação Tocantinense de Municípios, um cargo de alta relevância e articulação política no estado.