Os servidores públicos municipais de Palmas enfrentam o sexto mês consecutivo sem o reajuste da data-base de 2025, fixada em 4,77% e devida desde janeiro. A situação, que afeta mais de 9 mil trabalhadores e retira estimados R$ 5 milhões mensais da economia local, gera apreensão e protestos, com reflexos diretos no poder de compra e no comércio da Região Sul e Taquaralto.
Inflação Corrói Salários Enquanto Prefeitura Analisa Impacto
O índice de 4,77%, correspondente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) acumulado em 2024, deveria ter sido incorporado aos vencimentos no início do ano, conforme prevê a legislação municipal. No entanto, até o momento, a Prefeitura de Palmas alega estar realizando estudos de impacto orçamentário para garantir a responsabilidade fiscal antes de oficializar o aumento.
Enquanto a análise se prolonga, os servidores veem seus salários defasados. “É como trabalhar e ver seu esforço valer menos a cada dia que passa. Contas chegam, preços sobem, e nosso salário continua o mesmo”, relata um servidor administrativo que mora em Taquarúçu, mas trabalha na região central de Palmas e sente o impacto nas despesas diárias.
Para agravar o cenário, categorias como os profissionais da Educação e Analistas em Saúde ainda aguardam a regularização de datas-bases referentes a 2023 e 2024, intensificando a sensação de desvalorização.
Região Sul e Taquaralto Sentem o Impacto Econômico
A ausência desses R$ 5 milhões mensais na economia de Palmas é particularmente sentida na Região Sul e em Taquaralto, áreas com grande concentração de servidores públicos e um comércio varejista vibrante que depende do consumo local.
“Muitos dos nossos clientes são servidores. Quando o salário deles não é reajustado, a gente percebe uma queda no movimento, principalmente em compras que não são de primeira necessidade,” explica a gerente de uma loja de variedades no centro de Taquaralto. “Essa incerteza prejudica o planejamento de todos, do servidor ao pequeno empresário.”
Sindicatos Cobram Solução e Diálogo Efetivo
Entidades sindicais como Sintras, Sisemp, Sicideto, Sinjito e Sindifato têm se mobilizado intensamente, protocolando ofícios, participando de reuniões com representantes da gestão municipal e buscando sensibilizar o poder público para a urgência da situação. A principal reivindicação é o cumprimento da lei e o respeito ao direito dos trabalhadores.
Os sindicatos argumentam que a data-base não é um aumento real, mas sim uma reposição das perdas inflacionárias, essencial para a manutenção do poder aquisitivo dos servidores que dedicam seu trabalho aos serviços públicos essenciais para a população, como saúde, educação, segurança e assistência social.
A comunidade da Região Sul de Palmas aguarda um desfecho positivo, esperando que o diálogo entre servidores e prefeitura resulte na valorização do funcionalismo e, consequentemente, no fortalecimento da economia local.
